Music from the Suc­cu­bus Club: Trilha Sonora para vampiros. By Adriano DIniz

Que tal colocar trilha sonora em seus jogos de Vampiros???

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Uma coisa é certa: o jogo Vam­pire: The Mas­que­rade (no Bra­sil, Vam­piro: A Más­cara) tra­ba­lha com um uni­verso alta­mente influ­en­ci­ado pelo gótico. Mark Hein Hagen (sem a boli­nha, por favor) criou um uni­verso com for­tes liga­ções entre a sub­cul­tura gótica e a esté­tica lite­rá­ria de livros como o “Entre­vista com o Vam­piro”, de Anne Rice. Visu­al­mente ele remete a um mundo vio­lento, som­brio e tomado pelo hor­ror pes­soal, pela soli­dão e outros temas mais vol­ta­dos à psi­co­lo­gia. Esta pre­missa ini­cial, infe­liz­mente, foi aban­do­nada durante muito tempo em troca de uma temá­tica com mais ênfase na política.

Em diver­sos livros e suple­men­tos, vemos suges­tões de músi­cas de gru­pos como Dead Can Dance, Sis­ters of Mercy,Bauhaus, Nos­fe­ratu e outras liga­das a este uni­verso, dando ainda mais sabor ao clima “punk-gótico” como era ape­li­dado o cená­rio. Isto apa­rece somente nas pri­mei­ras edi­ções das suas linhas prin­ci­pais (tam­bém com­pos­tas por Werewolf: The Apo­calypse e Mage: The Ascen­sion). Con­tudo, nunca exis­tiu uma tri­lha sonora ofi­cial para o jogo.

Isto mudou no ano de 2000.

Neste ano foi lan­çado pela gra­va­dora Dan­cing Fer­ret (res­pon­sá­vel por lan­çar gru­pos como The Crüxsha­dows, Angels­pit, ThouShalt­Not, Ego Like­ness e outras no mer­cado ame­ri­cano), a pedido da White Wolf, como um disco para acom­pa­nhar as nar­ra­ti­vas de seu carro-chefe à época. Foi dois anos após a sua edi­ção revi­sada, conhe­cida por alguns como “ter­ceira edi­ção”, que uni­fi­cava os con­teú­dos da edi­ção ante­rior, dis­per­sos em livros e suple­men­tos, além de atu­a­li­zar a linha do tempo e pre­pa­rar os joga­do­res para o vin­douro “Dia do Juízo Final”.

Apre­senta um dj fic­tí­cio de nome DJ Damas­cus, apre­sen­tando cada uma das músi­cas como per­ten­cen­tes a cada clã espe­cí­fico do cená­rio. Deste modo, temos músi­cas para cada clã, igno­rando se fazem parte da Cama­rilla ou do Sabá ou ainda se são Inde­pen­den­tes. No fundo repre­senta a hete­ro­ge­nei­dade que per­meia os clãs de vam­pi­ros, pois são músi­cas que variam do rock gótico ao synth­pop mais dan­çante. O que une todas estas músi­cas é a atmos­fera mais som­bria e certo ar “gótico” em todas as com­po­si­ções. Decerto que tam­bém ser­viu para o público conhe­cer melhor as ban­das góti­cas ou rela­ci­o­na­das com a cena em si.

O orga­ni­za­dor (real) desta com­pi­la­ção foi Patrick Rod­gers da pró­pria Dan­cing Fer­ret e a arte da capa é do antigo Guia do Joga­dor, feita por Clyde Caldwell. O pró­prio Suc­cu­bus Club existe no Mundo das Tre­vas, o nome dado a nossa rea­li­dade no jogo. Ele é coman­dado pelo Ven­true Bren­non Thor­nhill, um antigo tra­fi­cante de dro­gas de Chi­cago. Consta que o foco da casa é em rock alter­na­tivo e post-punk, dando indí­cios do que acon­te­cia por lá.

Acho que vale a pena dar uma conferida mesmo por que como todos sabem uma campanha ou aventura quando narrada fica mais interessante quando existem também alguns sons para realçar ainda mais a trama.

1. The Crüxsha­dows  — “Decep­tion ” (Rav­nos)
2. Seraphim Shock  — “Prey ” (Lasom­bra)
3. Paraly­sed Age  — “Blo­od­suc­ker 2000 ″ (Tzi­misce)
4. Wench — “Heart of Dark­ness ” (Seti­tas)
5. Sunshine Blind  — “Cold From Fever ” (Ven­true)
6. Bella Morte  — “Fall No More ” (Gan­grel)
7. Car­fax Abbey  — “Soul To Bleed ” (Mal­ka­vian)
8. Beborn Beton  — “Hemo­glo­bin ” (Assa­mita)
9. Mis­sion U.K.  — “Last Beat of Your Heart ” (Bru­jah)
10. Kris­teen Young  — “Rot­ting On The Vine ” (Nos­fe­ratu)
11. Nos­fe­ratu  — “The Night Is Young ” (Gio­vanni)
12. Diary of Dre­ams  — “Blind in Dark­ness ” (Tre­mere)
13. Neu­ro­ac­tive  — “Super­fi­cial ” (Tore­a­dor)
    
    
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    By Adriano DIniz