Com essa postagem eu inauguro um novo marcador do blog o "Fudeu e agora?". Nele, pretendemos colocar algumas sugestões da galera do blog para quando der aquela cagada de vez no jogo, ou algo do tipo, pois, desta forma, em vez do narrador matar todos os personagens, parar de jogar, mandar todo mundo tomar no cú, ou o jogador perder a vontade de jogar com seu personagem, dar ele pra alguém, queimá-lo, enfim, antes que dê qualquer dessas merdas, tentar salvar o seu jogo e continuar a se divertir da maneira que a gente sempre quer.
Bom, apresentado a nova seção do blog, vou começar a explicar sobre essa postagem: Evolução de Personagens. A princípio, principalmente para jogadores mais inexperientes, a evolução dos personagens e somente inerente as regras do RPG que está sendo jogado, por exemplo, distribuição de pontos, quanto tempo demora para subir de nível, enfim, engana-se quem pensa dessa forma, pois evoluir personagens vai além de simples regras.
Primeiro, o narrador deve ter um certo "controle" sobre o poder dos personagens dos jogadores, ele deve saber qual a medida certa de poder para cada personagem, dependendo de vários fatores: cenário, experiência dos jogadores e tempo de jogo.
Cenário- Dependendo do cenário, o narrador pode querer limitar mais ou não o poderio dos jogadores, por exemplo, vamos observar o cenário de Vampiro: Idade das Trevas. Imagine que o narrador deseja criar uma história onde os jogadores serão vampiros que possuem feudos em seu nome, enquanto ainda se passam por mortais, e os jogadores poderão ser inimigos ou aliados, e começarem guerras envolvendo seus respectivos feudos, ora o mestre deverá dar grandes poderes e responsabilidades aos jogadores, devido a posição social que o mesmo representa, e suas conquistas serão da mesma proporção dos poderes possuídos pelo personagem, agora, imagine se o narrador deseja criar uma aventura onde os jogadores são vampiros que surgiram da classe pobre, escravos, da escória da sociedade, note que os jogadores provavelmente não teram poderes sobre outras pessoas, muito menos responsabilidades, logo suas conquistas iniciais, provavelmente serão de porte pequeno, proporcional ao poder que eles possuem.
Ainda observando ao cenário Vampiro, note que o narrador pode querer uma aventura cujo os personagens são anciões poderosos, logo ele deverá dar uma maior liberdade aos poderes iniciais dos personagens, ou no caso contrário, se forem neófitos, eles não teram muitos poderes e terão habilidades iniciais muito limitadas.
Experiência dos Jogadores- Isso conta muito para o quanto de poder o narrador pode dar para um personagem, a equação é simples, muito poder para um jogador inexperiente pode te dar surpresas desagradáveis, do mesmo modo que muito poder para um jogador veterano pode quebrar com a sua tão estimada aventura, ou levá-la a outro patamar, isso, no entanto, vai depender do julgamento do mestre sobre os jogadores da mesa.
Tempo de Jogo- O último fator importante na evolução dos personagens também é o tempo de jogo, pois, se você vai narrar uma aventura de um jogo só, foda-se a evolução, e todas as suas preocupações com isso, já uma aventura longa, uma campanha que pode durar anos, deve ter uma evolução muito bem balanceada, pois, um erro no início da campanha, pode dar muita dor de cabeça pra frente.
Além desses três quesitos, existe um dilema que sempre existirá no RPG, quando se trata de evoluir personagens:
Mestre Bundão X Mestre Apelão
É, essa é uma disputa das antigas, a balança que o narrador sempre está, e sempre será criticado por algum jogador, independente se ele é um narrador bundão ou apelão. Caso você não saiba o que é cada uma dessas classificações de mestres, deixe-me explicar:
Mestre Bundão é aquele que peida, sim, é aquele que faz tudo que os jogadores pedem, e permite qualquer coisa, normalmente a aventura acaba rápido, pois, nenhum desafio consegue ser bom o bastante para os jogadores, os personagens deles virão deuses na aventura e, por fim o jogo fica entediante, esse é o tipo de mestre que deixaria um vampiro cometer diablerie em todos os NPC's e virar o fodão, literalmente.
Mestre Apelão, é o cara chato, é aquele que normalmente pensa que o jogo é uma competição entre os jogadores e ele, não permite nada, não permite o jogador usar lábia na namorada do personagem, pois ela descobriu tudo pelos gestos da gengiva do personagem, cria aventuras impossíveis, NPC's deuses, e só não mata os personagens dos jogadores, para ganhar deles novamente, assim como o Bundão, sua aventura fica chata, sem graça e os jogadores mandam ele tomar no cú.
Acho que, inteligentes como vocês são, ja estão esperando que eu diga que o narrador ideal fica no meio termo, verdade, mas não como uma constante, e sim na média. O legal mesmo é o narrador as vezes ser bundão, mas então equilibrar na apelação, no entanto, tudo sobre uma medida, lembre-se que em uma campanha, você tem que manter tudo em equilíbrio, caso contrário você ira fuder com a sua narrativa amada.
Já fudi minha narrativa, o que faço?
Bom, se você tá sendo um mestre apelão, limitando as coisas pra caraleo, simples, dê mais liberdade aos jogadores, deixe-os mais poderosos, e as coisas poderão se equilibrar, agora, se você deu poder demais aos personagens dos jogadores, então a coisa fica mais difícil, pois, é sempre mais complicado tirar do que colocar (entenda como quiser...). Se os personagens estão poderosos demais, provavelmente o melhor será acabar com a campanha, sim, pois os jogadores com certeza não ficarão felizes em perder todo o poderio deles, entretanto, se não estão tão poderosos, você terá que bolar formas de reduzir o poder deles dentro da história, isso pode ser difícil, mas, caso você consiga, garanto que além de sua campanha ficar equilibrada, ela ficará muito mais emocionante.
Pra entender melhor uma evolução de personagens eu vou dar dois exemplos que sempre uso quando converso sobre esse assunto: A evolução dos personagens nas séries Dragon Ball Z e GT, e nas série Yu Yu Hakusho.
Dragon Ball Z e GT
Eu gosto muito desses animes, principalmente a saga Z, mas a evolução dos personagens é uma cossenóide (ver google), eles começam fracos, depois se tornam seres poderosos, capazes de destruir planetas, depois, ficam mais poderosos ainda, mas sua capacidade destrutiva é a mesma de antes, ou seja, ficam mais fracos e evoluem novamente, para entender melhor, veja o personagem Goku, virou super sayajin, e derrotou um cara capaz de destruir um planeta, isso na saga Z, já na saga GT, sendo super sayajin 4 (nas minhas contas, 4 vezes mais forte) usa um golpe aumentado dez vezes, erra, acerta o chão, e você espera "Céus, o planeta vai virar pó", apenas uma cratera se abre... Isso e outras coisas mais, tornam completamente bizarras a evolução dos personagens, é como se os roteiristas de Dragon Ball fossem mestres bundões que resolveram dificultar para controlar a evolução bizarra de seus personagens.
Yu Yu Hakusho
Na minha opinião, o único anime que já vi, onde os personagens possuem uma evolução de poder linear, basta observar Yusuke no começo do anime, que não conseguia nem ferir seu professor do ensino médio com seu golpe Leigan, e no final do anime, havia se tornado um ser com poderes demoníacos e com o mesmo golpe era capaz de abrir crateras do tamanho de estádios, um ótimo exemplo de evolução consciente de personagens.
Espero que agora, não me apareçam personagens nivel 1 matando dragões, ou semi-deuses tropeçando em pedras e morrendo...
hahaha boa, vou fazer uma postagem dessa (fudeu e agora) pra Supers que da merda de vez enquando.
ResponderExcluirconcordo plenamente com os exemplos, Goku é com certeza o personagen com a evolução mais bizarra, e sempre aparece um adversário mais forte, ele treina aprende um golpe novo, que não da certo ai vence com a genki dama mesmo."Já fudi minha narrativa, o que faço?" tenho uma alternativa, quanto mais fortes mais eles se acham ai e só colocar itens, maldições, que eles tem a oportunidade de evitar mas fodões nunca evitam a soberba não deixa. ai perdem força, poderes, itens. e quando te perguntarem ou te acusarem vc pergunta porque vc pergunta pra que fez aquilo era só não ter feito.
ResponderExcluirUma coisa que sempre me lembro quando me sento na ponta da mesa para evitar o "Fudeu, e agora o que eu faço?": Quanto mais poder os personagens tem, mais poder eu posso usar tambem.
ResponderExcluirO arsenal de um bom mestre é ilimitado, pois as regras do jogo são ditadas por ele. O segredo está realmente em saber balancear as coisas, tanto as evoluções dos personagens quanto a dos NPCs.
Já deixei personagens FODA de jogadores morrerem ao enfrentar exercitos de NPCs bosta só pra mostrar pro jogador abusado que ele pode ser tão FODÃO quanto quiser, mas se não jogar direito, ele VAI se foder!
cara so para lembrar na serie HEROES a cagada foi muito maior pq se vc se lembra os caras tinha poderes gigantescos ai lutaram uma luta que acabaria com tudo e na outra temporada tava todo mundo com cara de bunda e fraco por um monte de motivo e restrição nos poderes que não existia antes. PUTA saudade de jogar uma partida fudida de supers
ResponderExcluirCara, Heroes é um bom exemplo de Fudeu e agora, que os personagens tavam tao poderosos que o roteirista não sabia como derrota-los alem de tirar os poderes dele. Em RPG Supers isso tbm é muito facil acontecer o mestre tem que ter cuidado rsrsrsrs
ResponderExcluirQue mais exemplos podemos citar???
Supernatural:
ResponderExcluir1 - Sam e Dean caçam o demônio de olhos amarelos, mas se fodem com qualquer fantasminha meia boca.
2 - Sam e Dean matam monstros fodinha e já dão um caldo contra deônios, mas ainda levam um cacete bonito.
3 - Demônios são pestes comuns exterminadas tão facil quanto baratas, mas agora tem os anjos...
4 - Anjos não eram o bastante, os chefes deles ficaram com ciumes e por isso os arcanjos se meteram no meio da suruba pra tirar uma lasquinha tambem. E isso inclui até o próprio Lucifer.
5 - Se a familia tá toda lá, por que o papai não pode brincar tambem? Até DEUS os irmãos Winchester tem de enfrentar!!!
Até onde esses caras vão conseguir levar essa loucura?
Daqui a pouco os irmão Winchester teram de enfrentar o Kratos hahahahahaha
ResponderExcluirDeus já morreu no Preacher, dá nada não!
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